
Estado do Rio de Janeiro.
“Não é mais aquela história do postinho, que faz uma medicina de pobre para pobre, e sim médicos com grande qualidade, que conseguem fazer um trabalho bom e gratificante junto às pessoas, com respeito. Essa especialidade da medicina de família que temos hoje é uma retomada dos médicos que iam às casas das pessoas, mas com arcabouço teórico e conceitual; com técnicas específicas, que permitem um trabalho com muito mais qualidade. Cerca de 80% dos problemas de saúde que atingem a população podem ser resolvidos na atenção primária”, disse Rodrigo Pacheco, conhecido como Maranhão, diretor da Amfac-RJ e médico de
família na Rocinha, zona sul do Rio, com cerca de 70 mil habitantes.
O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, confirmou os dados e disse que a meta é chegar a 2016 com pelo menos 70% das famílias incluídas no sistema. “Com profissionais qualificados e unidades estruturadas é possível resolver de 80% a 85% dos problemas do dia a dia. Na maioria das vezes, quando ficamos doente, não precisamos de um hospital ou um centro cirúrgico, mas um bom cuidado e acompanhamento numa unidade de atenção primária”.
Segundo ele, o programa de saúde da família é uma prioridade no Rio de Janeiro.“Em 2009 tínhamos 3% de cobertura – a menor do país. Hoje já temos 45% de cobertura, e a nossa meta é chegar a 70% em 2016. Esperamos avançar mais nos próximos anos. É um desafio grande, mas é factível, pois este é o caminho para a cidade do Rio. Se a gente não tiver uma atenção primária organizada, vai ser difícil termos um sistema de saúde mais igual”, disse Soranz.
Segundo ele, são 900 equipes de família no município do Rio, e a meta é chegar a 1.300 equipes. “Tem uma quantidade grande de médicos que precisam ser formados. A cidade tem hoje o maior número de residentes de medicina da família do país, com 100 vagas para o primeiro ano e mais 100 para o segundo ano. Isso é fundamental para formarmos recursos humanos para ocupar as vagas das novas unidades que serão inauguradas”, destacou.
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