quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Profilaxia da Raiva Humana

Profilaxia da Raiva Humana

A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Há muitas interfaces entre a raiva humana e a animal. Na vigilância da raiva, os dados epidemiológicos são essenciais tanto para os profissionais de saúde, para que seja tomada a decisão de profilaxia de pós-exposição em tempo oportuno, como para os veterinários, que devem adotar medidas de bloqueio de foco e controle animal.


Características do Agravo

Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. A transmissão para o homem se dá pela inoculação do vírus da raiva, contido na saliva do animal infectado, principalmente através da mordedura.

A raiva apresenta dois grupos básicos de transmissão: o urbano e o rural. O urbano ocorre principalmente entre cães e gatos e é de grande importância nos países do terceiro mundo, e o rural, que ocorre principalmente entre morcegos, macacos e raposas. Na zona rural, a doença afeta animais de produção como bovinos, equinos, suínos e outros.


Cuidados Gerais

Além da avaliação do caso, por profissionais capacitados nas unidades de atenção primária para indicação de conduta pertinente, existem orientações gerais que devem ser prestadas em qualquer unidade:

• Lavar imediatamente o ferimento com água corrente, sabão ou outro detergente. A seguir, devem ser utilizados antissépticos que inativem o vírus da raiva (polivinilpirrolidona-iodo, por exemplo, povidine ou digluconato de clorexidina ou álcool-iodado). Essas substâncias deverão ser utilizadas uma única vez, na primeira consulta. Posteriormente, lavar a região com solução fisiológica.

• Havendo contaminação de mucosa com saliva, outras secreções ou tecidos internos de animal suspeito de ter raiva, a área atingida deve ser lavada com solução fisiológica ou água corrente.

• Nos casos de contato indireto por meio de objetos ou utensílios contaminados com secreções de animais suspeitos, ou de lambedura da pele íntegra por animal suspeito, recomenda-se lavar o local com água e sabão, mas não está indicada a profilaxia com imunobiológicos. Nesses casos, o indivíduo deverá ser estimulado a procurar um Polo de 1º Atendimento Antirrábico, para demais orientações.

• Não é recomendada a sutura do(s) ferimento(s). Quando for absolutamente necessário, aproximar as bordas com pontos isolados. 

• Proceder à profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso o paciente não seja vacinado ou esteja com o esquema vacinal incompleto) e usar antibióticos nos casos indicados, após avaliação médica. 

• Após os primeiros cuidados, encaminhar o paciente a uma unidade para a realização da avaliação do caso e indicação do esquema profilático com base na agressão.

• O soro antirrábico só poderá ser aplicado com a apresentação da prescrição realizada pela unidade que acolheu o paciente. Ele só pode ser administrado em ambiente hospitalar.


Imunização

A avaliação do caso para indicação da conduta deve ser realizada por profissional de saúde devidamente capacitado. Todas as unidades de atenção primária possuem profissionais aptos a avaliar e indicar conduta pertinente com uso da vacina e do soro quando forem necessários. Nos casos em que estes estiverem indicados o usuário poderá realizar a aplicação de Soro /Vacina nas unidades abaixo:

Hospitais que fazem a administração do soro no MRJ são:

• Hospital Municipal Pedro II
Endereço: Rua do Prado, 325 – Santa Cruz
Tel.: 3395-0451

• Hospital Municipal Souza Aguiar
Endereço: Praça da República, 111 – Centro
Tel.: 3111-2603

• Hospital Municipal Lourenço Jorge
Endereço: Av. Ayrton Senna, 2.000 – Barra da Tijuca
Tel.: 3111-4765

Lista das Unidades que fazem a administração da vacina Clique aqui


Fonte: SMS RJ

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