terça-feira, 11 de julho de 2017

Ampliação da agenda para redução da sífilis é proposta no Rio de Janeiro

A repactuação da Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis Congênita no Brasil foi proposta pela diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do campanha sifilis congHIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV), Adele Benzaken, no primeiro dia do STI & HIV World Congress, no Rio de Janeiro, no domingo (9), no Rio de Janeiro. A diretora participou da Reunião de Monitoramento da Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis Congênita no Brasil. “Na assinatura na agenda, não imaginamos que houvesse tanta participação. Temos que continuar trabalhando para que a sífilis esteja sempre em pauta”, afirmou Adele Benzaken.

Criada para dar respostas à situação da epidemia de sífilis no Brasil, a Agenda teve início em outubro de 2016 e se estende até outubro de 2017. “O trabalho de monitoramento tem de ser alterado para 2018 e, por isso, será necessário o chamamento para nova agenda antes de outubro próximo”, disse a diretora do DIAHV.

Até junho de 2017, foram realizadas 34 ações planejadas:12 em Educação Permanente em Saúde; sete em Fortalecimento da parceria com estados, municípios e sociedade civil e em Qualificação de informações estratégicas em saúde; quatro em Ampliação dos comitês de investigação de transmissão vertical de HIV e sífilis e em Comunicação em saúde. “Dentre as ações desenvolvidas, vale reforçar a criação dos comitês. É fundamental que todos os municípios tenham os seus. O comitê não tem o objetivo de ser punitivo, mas de identificar as causas da doença”, observou a diretora. Desde outubro de 2017, verificou-se um aumento de 26% nos comitês estaduais e de 3% nos comitês municipais (todos em capitais).

APRESENTAÇÃO – No Congresso, Adele Benzaken expôs também o panorama da sífilis no Brasil; as campanhas publicitárias de prevenção à doença; os boletins, guias e manuais produzidos pelo Ministério da Saúde; a parceria com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que amplia para auxiliares e técnicos de enfermagem a realização de testes rápidos sob supervisão do enfermeiro; a instituição do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita todo terceiro sábado do mês de outubro, por meio da Lei nº 13.430, de 31 de março; e a divulgação do HepAids 2017 – 11º Congresso de HIV/Aids e 4º Congresso de Hepatites Virais -, de 26 a 29 de setembro, em Curitiba, e do World Hepatitis Summit 2017, de 1º a 3 de novembro, em São Paulo.

FINANCIAMENTO PARA AS IST – Na parte da tarde, a diretora do DIAHV, Adele Benzaken, apresentou os desafios do financiamento público para o enfrentamento das IST. Falou aos expectadores sobre as oportunidades de parceria e colaboração entre doadores e desenvolvedores sociais. Ela explicou que o governo brasileiro, ao assumir que existia uma epidemia de sífilis em curso, fez com que o assunto fosse incluído na agenda nacional. Com isso, houve uma sensibilização da sociedade, gerando oportunidades, além da discussão sobre a alocação de recursos no Congresso Nacional para o enfrentamento da doença. “O resultado disso foi a garantia de recursos para nossas ações de resposta à sífilis muito maiores do que nos anos anteriores”, explicou.

PRESERVATIVOS FEMININOS – Ainda no primeiro dia do evento, o DIAHV coordenou a oficina “Preservativo Feminino, Diagnóstico e Tratamento: Estratégias de Prevenção Combinada para as IST”. Na ocasião, além de orientações sobre o preservativo feminino, também foram abordados os testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais e os cursos de capacitação de realização da testagem para profissionais de saúde. No Brasil, o preservativo feminino é distribuído desde o ano 2000 no sistema público de saúde. Em 2016, foram distribuídos 10 milhões de unidades no país. De janeiro a junho de 2017, já foram distribuídos pouco mais de 5 milhões de camisinhas femininas em todo o território nacional.

Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais

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