quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

PREFEITURA TREINA EQUIPES DAS UNIDADES DE SAÚDE PARA TRATAMENTO DAS ARBOVIROSES

A Secretaria Municipal de Saúde fez nesta quarta-feira, 4 de janeiro, treinamento para reforçar os protocolos clínicos para diagnóstico e tratamento das arboviroses – dengue, zika e chikungunya. 

O trabalho faz parte dos esforços da Prefeitura do Rio para preparar a cidade para o risco de uma epidemia de chikungunya, com a possibilidade de a metade da população carioca ser infectada. 

Participaram do treinamento cerca de 300 profissionais, entre direções gerais, médicos e de enfermagem da rede hospitalar, coordenadores de policlínicas. clínicas da família e centros municipais de saúde, que têm prazo até o dia 31 de janeiro para transmitir as informações para as equipes de suas unidades e capacitá-las para a correta identificação, cuidados e notificação das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. 

Material técnico com os sintomas típicos e atípicos da chikungunya, estudos de casos ocorridos em todo o Brasil e os protocolos clínicos do Ministério da Saúde foi preparado pela Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência e distribuído aos diretores das unidades, para ser replicado para suas equipes. 



O modelo do Cartão de Acompanhamento de Arboviroses, que está sendo implantado em toda a rede, também foi distribuído e deverá ser preenchido com a evolução dos pacientes pelos médicos que fizerem o primeiro atendimento – nas emergências ou unidades de Atenção Primária – e pelos que fizerem o acompanhamento ambulatorial na Atenção Primária. Toda a rede estará preparada para o diagnóstico e para o possível aumento de demanda com a ocorrência da epidemia e, em caso de necessidade, serão montados polos de hidratação. 


Atenção especial será dada ao acompanhamento das gestantes e dos recém-nascidos, uma vez que o vírus da chikungunya pode ser transmitido verticalmente da mãe para o feto. Isso requer cuidados específicos com o bebê, que pode apresentar complicações dias após o nascimento. As 12 maternidades da rede municipal – que também tiveram representantes treinados – estão alertadas e informadas nos protocolos assistenciais necessários a serem adotados.





 Crianças, principalmente até os 12 anos, que podem apresentar sintomas atípicos, também deverão ter atenção reforçada para o diagnóstico e tratamento da virose. A integração da Atenção Primária com a rede de urgência e emergência é um dos pontos-chaves da estratégia de combate à epidemia de chikungunya. Um panorama das arboviroses na cidade foi apresentado durante o treinamento pela Superintendência de Vigilância em Saúde, da Subsecretaria de Atenção Primária. 

No caso da dengue – a primeira das três arboviroses a surgir no país – o acompanhamento vem sendo feito desde 2000, com experiências acumuladas pelas epidemias dos anos de 2002, 2008 e 2012. Nos casos de zika e chikungunya, o município do Rio faz o acompanhamento dos casos desde 2015, antes mesmo dos alertas do Ministério da Saúde para as complicações resultantes dessas doenças.


Relatos de casos de chikungunya acompanhados pela Vigilância em Saúde e que agravaram devido à não identificação da virose no primeiro atendimento foram apresentados aos diretores dos hospitais, como exemplos da importância da atenção aos sintomas e da notificação epidemiológica dos casos. Por se tratar de doença nova no país e cujos sintomas iniciais podem ser confundidos com diversas outras viroses – inclusive com a dengue e a zika – a atenção aos sinais e aos algoritmos assistenciais é fundamental e a condução dos cuidados dentro dos protocolos técnicos preconizados pelo Ministério da Saúde pode evitar a letalidade da doença.

Foto: Roberto Raposo

Fonte: SMS RJ

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