RIO — Uma manifestação de profissionais da saúde causou interdições em vias do Centro do Rio na tarde desta quarta-feira. O protesto começou em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, chegou a ocupar ocupa uma faixa da Avenida Presidente Vargas, na altura do Detran, e terminou por volta das 17h15, na Candelária, de acordo com o Centro de Operações Rio (COR).
A mobiilização aconteceu em função do atraso de repasses do município às Organizações Sociais (OSs) que atuam em unidades da atenção básica à saúde, como as Clínicas da Família e Centros Municipais da Saúde.
O ato, como antecipou o Blog Emergência, do GLOBO, foi organizado pelo Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Rio (Sinacs-RJ) e pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio (SindEnfRJ).
Uma nova mobilização, liderada pelo Sindicato dos Médicos do Rio (Sinmed-RJ) está prevista para esta quinta-feira.
O protesto provocou uma paralisação parcial dos serviços na Atenção Básica desde o começo da tarde desta terça-feira. Os profissionais da saúde que participaram do ato são contratados pelas Organizações Sociais SPDM, Viva Rio, Iabas, Gnosis e Fiotec, que estão sem receber repasses da prefeitura. Procurada pelo GLOBO, a Secretaria Municipal de Fazenda não informou o tamanho do débito com as OSs, nem quantos meses de salários atrasados eles estariam devendo. Ainda de acordo com o Blog Emergência, o Sinacs-RJ não descarta a possibilidade de greve nas unidades de atenção básica.
Segundo uma enfermeira que esteve no protesto e trabalha em uma Clínica da Família da Zona Oeste do Rio, e que pediu para não ser identificada, além da regularização dos salários, os profissionais da saúde também protestam pelo pagamento de bonificações que hoje, alegam, são concedidas apenas que atuam como responsáveis técnicos nas Clínicas da Família e Centro Municipais de Saúde.
- A situação é muito crítica. A maioria das OSs está atrasando os salários e os enfermeiros e médicos não recebem nenhuma informação sobre quando os salários estão regularizados.
Se as coisas continuarem assim, a greve é uma possibilidade.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que segue o calendário de repasses estabelecido pela Secretaria Municipal de Fazenda e trabalha para que eventuais pagamentos em atraso às organizações sociais sejam normalizados,e diz que já solicitou toda prioridade de pagamentos para os contratos, sob análise das comissões fiscais da SMF.
A Secretaria Municipal de Fazenda, por sua vez, não forneceu detalhes sobre a situação da dívida com as Organizações Sociais, e comunicou apenas que acompanha de perto a questão da saúde e realiza, de forma regular, reuniões com os representantes da SMS. Ainda segundo a nota, a pasta se limitou a comunicar que as demandas da Saúde "são acolhidas e realizadas de acordo com os recursos orçamentários disponíveis e os pagamentos, processados em conformidade com o Decreto 43702 e a Resolução 2953."
Fonte: O Globo
Fonte: O Globo
0 comentários:
Postar um comentário