quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Câncer de próstata: hábitos saudáveis ajudam na prevenção


    azulO câncer de próstata é um dos tipos mais frequentes da doença a atingir os homens por todo o país. Apesar de ser uma doença comum, por medo ou por desconhecimento, muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.
    No entanto, esse é um tema importante demais para ser deixado de lado. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, em 2017, o número de novos casos de câncer de próstata no Brasil será de 61.200. Além disso, os dados de óbitos mais recentes do Ministério da Saúde, de 2015, revelam que esse tipo de câncer foi responsável pela morte de 14.484 homens em um ano no país.
    Mas afinal, você sabe o que é a próstata? É uma glândula masculina que envolve a parte superior da uretra – o canal por onde passa a urina. Ela não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo, sua função é produzir um líquido que vai ser parte do sêmen.
    Dito isso, o câncer de próstata é o crescimento descontrolado de algumas células do corpo que geram tumores cancerígenos, e é considerada uma doença da terceira idade, já que aproximadamente três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
    Prevenção
    Manter hábitos saudáveis é a melhor forma de evitar a doença. Uma alimentação balanceada com frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, aliada à uma ingestão menor de gordura, ajudam a diminuir o risco de câncer. Da mesma forma, fazer uma atividade física ao menos 30 minutos por dia, manter o peso adequado à altura (já que estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal elevado), diminuir o consumo de álcool e não fumar, são algumas das recomendações que ajudam a prevenir contra essa e outras doenças.
    “Essas dicas não vão impedir que uma pessoa tenha câncer de próstata, mas ajudam a diminuir os riscos de se adquirir a doença”, explica o chefe do serviço de Urologia do INCA, Franz Campos.
    Uma informação importante no caso do câncer de próstata é a hereditariedade como fator relevante. Caso haja algum parente próximo, pai ou irmão, com a doença antes dos 60 anos, o risco de se ter a doença aumenta entre 3 e 10 vezes, se comparado à população em geral.
    “Existe um estigma de que a população masculina procura pouco o médico, e isso é um fato que muitas vezes contribui para o avanço da doença. É importante que o homem procure o urologista a partir dos 50 anos, assim como a mulher vai ao ginecologista”, afirma Campos.
    Sintomas
    Além de ter uma taxa de mortalidade alta, o câncer da próstata não apresenta nenhum sintoma nas fases iniciais ou, quando apresenta, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Quando na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
    Detecção
    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem duas diferentes estratégias para o diagnóstico: uma destinada às pessoas que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para pessoas sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento). Para isso, são realizados dois tipos de exames:
    Exame de toque retal - O médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
    Exame de PSA - É um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata - Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.
    O Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial da Saúde, não recomenda a realização do rastreamento do câncer de próstata por existirem evidências científicas de que o rastreamento sem sintomas produz mais dano do que benefício.
    O Instituto Nacional de Câncer também é contra a organização de programas para realização de exames sem sintomas ou fatores de risco e orienta que os homens que demandam espontaneamente o rastreamento sejam informados por seus médicos sobre os riscos e provável ausência de benefícios associados a esta prática.
    O rastreamento sem critérios ou fatores de risco aumentam as chances de diagnóstico de cânceres, que não evoluiriam nem ameaçaria a vida, submetendo os homens a um tratamento que pode causar impotência sexual e incontinência urinária.
    Fonte: Blog da Saúde.

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